a menina com uma flor na mão

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You can say I’m dreamer. But I’m not only one.

Ultimamente, tenho vivido um dia por semana. Na verdade, você sabe quem eu sou. Talvez só você.

Pois bem, me descobri assim: sem motivos nem objetivos. Não penso além – vivo do agora. Por isso, toda vez que eu tenho que fazer algo que não quero, penso que ainda é cedo e deixo pra depois.

Mas não é isso que me incomoda. O problema são eles. Todos eles. A gente fica esperando uma explicação, um telefonema, uma flor ou até um sorriso. Mas eles só nos deixam meia dúzia de perguntas sem respostas. Talvez mais.

Então nós ficamos assim: preferimos o agora. Só que... sabe de uma coisa? Vai sem medo de se arrepender. A quiromancia está a seu favor.

(Obs.: De 40 pontos, tenho que fazer 2,7 em Produção de Texto e 21,6 em Química. Eu tenho 60 minutos pra ficar pronta pra ir pro colégio. Ainda faltam umas 30 páginas do livro de Geografia, sendo que a prova é hoje. E eu, o que faço com esses números?)

(Obs.2: Eu adoro os sapinhos que você me deu e que ilustram a minha escrivaninha.)

“A gente perde o ano mas não perde a amizade.”

Você não acha que é impossível haver uma perda de ano? Afinal, nós aprendemos tanto...

O que será de nós depois de 15 anos na escola?

(Apesar de que a escola nos ensine tanto, às vezes acho que “a escola não me ensinou nada”, como disse Raul.) Você vai buscar isso, e eu vou buscar aquilo – aquilo que eu ainda não sei o que é; Depois viajaremos todos juntos, e quem sabe a gente não monta uma biblioteca no Chile? (Se tudo der errado na minha vida é isso que vou buscar. Ou seria “se tudo der certo”?)

Você sempre dá uma olhada na última frase do livro, porque considera-a de suma importância. Eu queria uma música feliz, pra combinar com a gente. Mas a única coisa que tá soando aqui dentro é Clarisse só tem 14 anos.

Clarisse é tão pequena.