Quem me conhece sabe o quanto gosto de subjetividade. Adoro saber que aquilo que escrevo pode sugerir várias interpretações possíveis. Mas às vezes é necessário ser objetivo (a), principalmente se você é um estudante do ensino médio. Mesmo assim, ainda utilizo a subjetividade nos títulos. Adoro títulos que despertam a curiosidade, inclusive porque, dependendo do conteúdo do texto, é que assume um significado.

Pois bem, estava ali a escrever à punho um relatório sobre o conteúdo de pesquisa do Tríduo Cultural, em que o tema da nossa sala é preconceito, e o tema geral do Tríduo é “a formação do povo brasileiro: o branco, o índio e o negro.”

Como é para o professor de História, Lahiri, fiquei à vontade para discorrer sobre o que eu quisesse da forma que eu quisesse. No todo, foi um relatório um tanto sarcástico, em que falei mal da escola e mais mal dos coleguinhas. E falei algo sobre preconceito, mas não daquela forma enfadonha a que estamos acostumados.

Pois bem, eu precisava de um título. Meus títulos são bem subjetivos, como eu já disse, mas só me vinham idéias bastante objetivas ou total sem noção como “Variabilidade genética”. (Andei estudando biologia.)

Até que, tive uma idéia genial. Sim, eu estou sendo prepotente, mas confesso que estou a pasmar com meu trabalho, e com o título mais ainda. “Café com Leite”.

O que se pensa, a princípio, é que estou relacionando o branco e o preto, tal como as etnias branca e negra. Porém, também posso estar me referindo à mistura étnica. Ou quem sabe, eu poderia estar criticando o fato de que as coisas são mais fáceis para o índio, tal como dá-se vantagens às crianças menores nas brincadeiras infantis, afirmando-se que elas são “café-com-leite”.

Mas o que pensei quando escolhi esse título foi simplesmente no equilíbrio. Dizem que o leite dá sono, e o café, pelo contrário, é um estimulante. Sempre penso sobre isso quando bebo café com leite.

Enfim, apesar da minha nota medíocre na última prova de história, estou me admirando. Eu sou tão incrível.

4 comentários:

Em tudo há subjetividade, sobretudo nas coisas que escrevemos para nós mesmos. Num texto jornalístico, por exemplo, é aconselhável ser objetivo, imparcial, que é um ponto quase inalcansável, etc.

E olá.

10/08/2007 12:13 PM  

Aproveita que coisas subjetivas são legais,enquanto você tem outras não tem[eu].

10/12/2007 11:05 AM  

"você é foda, porra!"

te explico no caminho, café-com-leite, a menina com uma flor na mão, pipa.


amo-te, mais há uns 20 dias, mas amo-te...

10/13/2007 2:09 PM  

Lembrei da aula de carla, quando estavamos falando sobre títulos, e ela demonstrando um pessimo exemplo que viu num texto sobre a cana de açucar e a produção de biocombustiveis, solta:
"o titulo do texto era, Capim Santo!" ninguém aguentou, até hoje dou risada quando me lembro... isso que é criatividade...

5/26/2009 1:39 PM  

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